Decisão considera Roberto Viotto inocente apesar de ter passado pelo local em alta velocidade; uma mulher de 36 anos teve a perna amputada após o ocorrido
A investigação contra o dentista Roberto Viotto, que ficou conhecido por realizar procedimentos em famosos, foi arquivada nesta quinta-feira (16) pela 2ª Vara Criminal de Barueri (SP). A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral de Justiça de que não havia provas que Viotto tenha participado do acidente grave que deixou duas pessoas feridas, em abril de 2024.
O dentista foi acusado de ter participado de um racha que resultou na colisão de dois carros de luxo e uma motocicleta. De acordo com a investigação, ele conduzia um Mercedes-Benz AMG GTR e Carlos André Pedroni um Mercedes-Benz CLS400.
Segundo o promotor responsável pelo caso, as imagens de câmeras de segurança mostraram que Viotto realmente passou na avenida em alta velocidade, mas antes do acidente. No entanto, diz ainda que foi Carlos André, que colidiu com a moto de Arlison da Silva Correia. Depois do ocorrido, Arlison e a garupa da moto, Maria Graciete Alves, ficaram feridos. Graciete, de 36 anos, precisou ter a perna amputada.
O promotor também afirmou que apesar da velocidade excessiva, não há elementos que comprovem que Roberto tenha concorrido ao racha que resultou no acidente. O Ministério Público, então, pediu o arquivamento da investigação em relação ao dentista e manteve a denúncia apenas contra Carlos André.
O juiz enviou o caso à Procuradoria-Geral de Justiça, que confirmou o arquivamento. Em manifestação assinada pelo procurador-geral, a PGJ concluiu que não houve irregularidade no pedido do promotor e que as provas não sustentam a acusação contra Viotto.
Com isso, o caso foi arquivado em relação ao dentista e não há resposta de que ele responderá pela velocidade excessiva. Já Carlos André continua respondendo na Justiça pelos crimes de lesão corporal e fuga do local do acidente.
O advogado de Roberto Viotto, em nota enviada à CNN Brasil, afirma que a decisão foi acertada: “Restabelece a verdade e faz justiça”, diz Eduardo Maurício.
